Ato 1 - origem
Eu sempre curti quadrinhos! Desde pequena, me lembro de ler Turma da Mônica (um clássico). Eu não lia Mickey, pois achava os desenhos muito escuros e não pareciam tão legais (repare como já era observadora). Depois na adolescência eu fui para os mangás - e sim, isso foi um divisor de águas para mim. Pois eu comecei a fazer coleção mesmo, (tanto que tenho algumas pérolas, por exemplo uma edição de Sakura Card Captor versão japonesa lindíssima que ganhei de uma amiga) a querer conhecer os autores. A relação com os quadrinhos foi tão longe que fiz curso de História em Quadrinhos antes de entrar na faculdade. Eu sei que é um pouco doido, mas esse carinhos pelos HQ foi longe (mas isso merece um outro post).
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Sim, eu nunca pintei nenhum almanacão meu!! Eu gostava de fazer assim: papel de caderno (por ser mais fino), lápis de cor e canetinha colorida (pra fazer acabamento, gosto da linha grossa). |
Bom, tem um ponto que muitos fã de quadrinhos passa que é o desenho. Eu lembro de passar as férias desenhando junto com o almanacão e depois se transformar em desenho de observação em mangás. Eu queria muito desenhar como meus autores favoritos - eu queria ter "aquele traço", ou seja, aquele traço fino e super detalhado (bem oposto ao que eu conseguia fazer)
Ato 2 - Faculdade
No começo da faculdade, eu achava que desenhava bem. Tinha um traço até firme, mas ainda com alguns ajustes - por exemplo: acertar proporção sempre foi complicado pra mim, ou desenhar homens era muito difícil - pois sempre ficava com cara de bobo!!
Mas ao longo da faculdade, o que eu menos fiz foi desenhar. Não só porque tinha gente muito mais gabaritada quanto eu, como também os deveres acadêmicos sempre eram prioridade. Resultado, eu menos de 2 anos eu praticamente deixei de desenhar. Cheguei a pensar que ilustração não era pra mim, pois eu não tinha "o traço".
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Um dos meus últimos desenhos durante a faculdade - era um teste com aquarela. Ainda acho super interessante a aquarela, mas para mim é o mais difícil. |
Ato 3 - Atualmente
Hoje eu desenho? Não. Me arrependo? Um pouco, pois eu larguei algo mais por insegurança e não por falta de oportunidade. Hoje eu sei que não viraria uma "super ilustradora", mas depois de muitas conversas com Rennan e comigo mesma, venho tentando fazer as pazes com o papel. Sem falar que hoje pra mim o mais difícil nem é desenhar em si, pois é como andar de bicicleta: pode estar enferrujado, mas não esquece por completo. Pra mim o mais difícil é aceitar que meu traço nunca será como da CLAMP ou da Jill Thompson, como diz Rennan minhas ilustrações estão mais pra arte Naif.
Espero que no próximo ato, tenha um bom capítulo.
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